quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Sonho de uma Vida normal

Bom dia Leitores,

Desde domingo passado eu venho pensando muito, em como o sonho de todo alcoolista é ter uma vida normal, normal com vida social, ou seja, beber, saber se controlar, ver que está ficando alegre e parar, e eu consegui tudo isto com o baclofeno, mas somente com o baclofeno mesmo, porque como falei na última postagem sem o baclofeno simplesmente as coisas voltam a ser como antes no sentido descontrole.

Felizmente a minha fissura continua controlada, então no último final de semana eu fui pra bar, fui pra festa, fui pra churrasco com todo mundo bebendo e eu decidi não beber e não foi difícil, foi tranquilo, até um amigo perguntou se eu não ficava com vontade de beber vendo todo mundo bebendo e eu falei que não, a única coisa ruim é não ter o mesmo pique que a galera que bebe, então era 23:00hs a galera no pique querendo emendar outra festa e eu só pensava em cama.

Eu estava aqui pensando, o Doutor Oliver Ameisen que descobriu o baclofeno como tratamento para pessoas com problemas com álcool disse que conseguiu ter uma vida normal e apenas tomar doses de manutenção que eram 3 por dia e ficar super controlado com a bebida, eu até conseguia ter este total controle enquanto eu tomava altas doses de baclofeno, mas depois e com o tempo fui sim voltando a beber muito mais do que eu gostaria pensando enquanto estou sóbria. Porém ele tomou altas doses de baclofeno durante 2 anos, e acho que isto conta demais, eu tomei altas doses por uns 2 meses, e o restante das vezes (meses) que tomei foi na média de 4 comprimidos por dia, talvez por isto eu não tenha chegado ainda neste aspecto de conseguir controlar totalmente o álcool com baixa dose de baclofeno, digo totalmente porque a maioria das vezes eu consigo sim, bebo água entre uma lata e outra, ou então bebo cerveja sem álcool entre as cerveja com álcool, o que me deixa totalmente dentro de mim, mas mesmo que seja uma vez ou outra que eu exagero mesmo assim me incomoda demais não ter o total controle.

Olha, eu sei que é difícil chegar a esta conclusão, mas o alcoolista NUNCA será uma pessoa normal, ou seja, beber ali uma cerveja com os amigos vez ou outra e voltar para casa tranquilo, ou a gente se submete para sempre tomar o baclofeno para poder tomar álcool, ou você corta totalmente o álcool que é o mais sensato, é muito mais fácil não beber do que beber controladamente, porém é difícil também decidir nunca mais beber por causa da vida social que a gente leva, no meu caso mais do que a fissura na qual está super controlada hoje, o problema é a vida social...rsrs ai é questão de escolhas.


💋


terça-feira, 24 de outubro de 2017

Ressaca moral

Bom dia Caros leitores.

Voltando aqui para contar minha bebedeira depois de muito tempo bebendo "controladamente", digo entre aspas porque algumas vezes já bebi sim além da conta, mas por conta de estar tomando o baclofeno e como já falei aqui o baclofeno da uma segurada no álcool fazendo com quem a gente fique no controle mesmo bebendo dose alta.

Em 2016 por conta do acidente do meu marido, ele sentia muita dor e não conseguia ficar muito tempo nos locais que íamos então era muito fácil beber pouco, realmente estava muito controlado e como já falei aqui a minha fissura chegou a quase 0, mas este ano eu fiquei entre bebendo e parando totalmente. Fiquei uma época 2 meses sem beber, outras 1 mês, outras algumas semanas, e quando eu resolvia voltar a beber primeiro eu começava o baclofeno durante a semana para no fim de semana começar a beber e assim estava dando certo para mim. Acontece que eu tinha na minha cabeça que não queria voltar a tomar o baclofeno por causa do atraso que ele me da na vida profissional e também eu estava na cabeça que ia ficar algumas semanas sem beber, então tudo certo, masssss aconteceu de surgir um sitio com uma galera de ultima hora, meu marido queria ir, fomos, chegando lá só chuva, não tinha mais nada para fazer a não ser beber, então eu bebi praticamente o dia inteiro, das 10:00hs as 00:00hs... fiz coisas que fazia tempo que eu não fazia, falar mole, dançar sem noção nenhuma, brigar com o marido. No domingo imagina, aquela ressaca moral, com vergonha de todo mundo, só pensava em vir embora.

A questão que eu já sabia é que não adianta eu achar que consigo beber se eu não tiver tomando o baclofeno, a menos que eu coloque na cabeça que vai ser uma ou duas latinhas como já fiz antes e deu tudo certo, mas saber que vou ter várias horas para beber e beber sem me preparar é suicídio.

O baclofeno como já falei foi um divisor de águas na minha vida, mas ele atrapalha muito na vida profissional, quando estou tomando fico sem nenhuma pró atividade fazendo apenas a rotina, sem nenhuma vontade de fazer leituras, buscar informações e cursos, algo que é muito necessário na minha profissão.

Eu sei que o melhor a ser feito é cortar totalmente o álcool, eu ainda tenho a minha fissura controlada, mas já percebi que agora eu chego nos locais e quando eu mesma não comando que não vou beber e vejo os outros bebendo eu já quero acompanhar, então é óbvio que sei que se eu continuar bebendo pode ser que volte a minha fissura como antes. Eu já não estou mais tão indiferente ao álcool como eu estava em janeiro por exemplo, mas ainda é fácil parar quando eu quero, e aqui entra o que é realmente bom para mim. Ter ressaca moral é uma das piores coisas que se pode sentir, mil vezes a ressaca física ou uma dor aguda forte.

Preciso repensar entre baclofeno + álcool ou a sobriedade total, não da para achar que posso ter uma vida normal e tomar um pouco de bebida de vez em quando sem o baclofeno porque uma hora pode dar a merda que deu este FDS.

Fico por aqui e vou ver o que vou fazer em relação a vida.

Até mais.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Dica muito importante sobre o Baclofeno

Bom dia caros leitores,

Eu estou sem computador em casa e no serviço com pouquíssimo tempo para escrever, respondo a todos os emails sem preguiça, mas o blog acaba ficando de lado. Porém mesmo com o tempo curto eu tive que vir hoje pois estive recebendo alguns emails e todos com a mesma dúvida/erro.

Se alguém já leu um pouco do meu blog sabe que não sou uma profissional da área de saúde, na verdade não entendo nada, tudo o que eu aprendi com o Baclofeno foi lendo e principalmente sendo minha própria cobaia, tanto nas quantidades como nos efeitos colaterais, eu descobri principalmente vivenciando.

Eu não posso dizer qual a quantidade exata a ser usada a cada tempo, eu não sabia nem para mim, eu ia aumentando conforme o meu corpo aguentava, muitas vezes eu tinha efeitos horríveis por ter aumentado a dose então eu voltava para dose anterior para meu corpo acostumar mais e só então voltava a aumentar.

Eu posso afirmar 3 coisas: 3, 4, 5 comprimidos diários não vai fazer você deixar totalmente de ter vontade de beber, esquece, pode até abaixar a vontade mas se continuar com a mesma quantidade a tendência é que a fissura volte. Tomar muitos comprimidos de repente num momento de desespero (ressaca moral por exemplo) vai te deixar pior do que você já estava, psicologicamente e fisicamente e provavelmente você vai ficar tão ruim que não vai querer nunca mais tomar baclofeno na vida, não tem ressaca no mundo que te deixa pior do que uma dose alta de baclofeno de uma hora para outra, e por isso é muito, muito importante que você aumente as doses muito lentamente durante meses. E por último e mais importante é que o que vai fazer com que sua fissura pelo álcool abaixe é o combo: ✓quantidade (quanto mais melhor), ✓ tempo que está ingerindo o baclofeno (quanto mais melhor) e ✓ mudança de hábitos (deixar de frequentar locais com bebidas).

A dica mais importante que eu posso dar para quem quer começar a tomar o baclofeno é buscar informação, ler muito, procurar outros relatos. Vou deixar no perfil ao lado o site de uma médica australiana que fala muito sobre o baclofeno, é uma ótima fonte de informação, é em inglês mas da para usar um tradutor numa boa se for o caso. E segue aqui http://baclofentreatment.com/practice-guides/


Continuo respondendo a todos os emails sempre com a maior satisfação, fico muito feliz quando recebo relatos de quem já conseguiu alguma melhora, que está cheio de esperança, ou que apenas está desesperado querendo ouvir uma palavra de esperança. Só nós sabemos o que passamos/já passamos com esta doença chamada vício.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

2 meses sem alcool

Bom dia caros leitores,

Mais uma vez optei por ficar um tempo sem beber, inicialmente por causa do meu outro tratamento, meu outro tratamento passou porém dei continuidade a não beber. Sem fissura, e desta vez estou mto mais animada para sair e me divertir do que ano passado que parei de beber. Provavelmente pq ano passado meu marido e eu não tínhamos estabelecido como seria nossos passeios já que eu estava sem beber, e ai acontecia de sairmos e ele querer virar a noite na rua, agora é a hora que eu peço para ir embora, e também não passamos mais das 23:00hs na rua, já meio que virou regra, então eu gosto de sair porque sei que não vou me irritar para voltar.

Mas é claro que nunca a vibe é a mesma coisa, ver as pessoas ficando super animadas pelo álcool e a gente lá, murchinha, e não tem jeito. Mas não beber também tem mtos benefícios, posso comer mais besteiras, mais frituras, e o peso não sobe, e vida sem álcool deixa meu sono super tranquilo, pelo menos em mim o álcool agitava mto minhas noites de sono, mesmo quando já fazia uns 3, 4 dias que eu estava sem beber, acontecia de ter acordar no meio da madrugada e não dormir mais.

É isso pessoal. Bom final de semana a todos.


segunda-feira, 19 de junho de 2017

Baclofeno + motivação

Boa tarde caros colegas,

Depois de alguns meses resolvo voltar a postar, não voltarei a postar com frequência devido a correria do dia a dia, mas preciso relatar as maravilhas que o baclofeno fez na minha vida mesmo quando eu não me esforçava o bastante.

Desde fevereiro eu voltei a beber, mas voltei a tomar baclofeno, de 3 a 5 por dia, ia tomando conforme ia lembrando durante o dia. Até começo de fevereiro eu bebi duas ou três vezes, mas depois do carnaval eu meio que me liberei e deixei levar, como sempre falo, por conta do meio em que vivo, eu tinha que escolher ou ficar mais em casa e sozinha ou acompanhar o marido, resolvi que iria acompanha-lo e procurando não exagerar assim como vinha fazendo ano passado antes de parar totalmente de beber, e assim foi, algumas semanas eu bebia só uma vez na semana, outras duas vezes, mas teve uma ou duas vezes que bebi na sexta, sábado e domingo, isto entre fevereiro e primeira semana de maio. Eu decidi parar de beber de novo e simplesmente parei, super tranquilo, nada de ansiedade ou ficar na fissura, a única coisa que como eu já imaginava aconteceu é eu não querer mais ficar horas e horas em festas, mas tranquilo né? É assim para todo mundo que não bebe.

Assim que parei de beber uma semana depois eu parei o baclofeno e estou assim até hoje, 1mês e pouquinho.

Eu não acho certo o que fiz, se eu tenho um problema com vício o ideal é parar e não voltar mais, porém eu fiz uma escolha entre ter uma vida social agitada com o marido, ou deixar ele curtir sozinho, ou ainda ficar enchendo a paciência dele para nós 2 ficarmos em casa. Eu não me arrependi, não estou dizendo que sou exemplo, cada um tem que ter o discernimento para saber o que é melhor para si.

Só estou relatando a minha experiência, então, eu bebi seguido uns 3 meses, quando eu falei que iria parar eu simplesmente parei, graças óbvio ao baclofeno, eu JAMAIS conseguiria simplesmente parar de beber sem o menor esforço como foi antes do baclofeno na minha vida, na verdade mesmo bebendo esses 3 meses, a fissura não voltou e acredito que tenha sido porque assim que voltei a beber eu voltei a tomar o baclofeno, claro que o fato de estar sempre em festas rodeada de bebida e sabendo que estou livre para beber, a gente acaba bebendo mesmo.

Agora em junho voltei a fazer meu tratamento de gravidez, e acho que esta é minha maior motivação para cortar a bebida e como eu sempre falei, é muito importante ter uma motivação além do baclofeno para realmente parar de beber ou beber muito controladamente. Desde que parei de beber com minha motivação de fazer meu tratamento o álcool não me fez a menor falta, eu vou em festas e não sinto a menor vontade de beber, claro lógico, que quero ir embora rápido, mas a questão é a vontade, e isto está bem controlado.

Confesso que depois que liberei a bebida pensei que a qualquer momento a minha fissura iria voltar e eu teria que voltar a tomar as altas doses de baclofeno novamente para acabar com a fissura, e isto não aconteceu. Então mais um ponto para o baclofeno.

Continuo respondendo aos emails, quem tiver qualquer dúvida estou sempre a disposição.

Um grande abraço a todos.



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Testemunho de um leitor

Eu comecei meu uso há muitos anos atrás quando fui presenteado com um papel nome que dávamos para aquele tipo de droga. Fiquei maravilhado . Usei. Li um livro de 500 folhas na noite. Sem parar. Uma maravilha. Ainda era o paraíso.
No outro dia disse comigo mesmo: essa droga é boa demais para mim. Fiquei anos sem tocá-la.
Passados alguns anos num carnaval meu amigo e eu fomos numa casa noturna e ele me ofereceu e daí para frente usamos quase toda sexta. Sexta cheira.
O problema era que todo sábado dormia até tarde. Acordava com nariz super entupido e desgraçadamente deprimido.

Muitas vezes saia de madrugada com desculpas: comprar sorvete, comprar pizza, ajudar um amigo que tinha batido o carro, ir ao hospital porque não estava me sentindo bem, ir trabalhar mais cedo e comprar e ficar usando até entrar no trabalho, mentir inúmeras vezes que tinha uma alergia no nariz.
Um hábito muito comum quando não tinha dinheiro era trocar no cartão de crédito no posto dando uma grana a mais ao carinha do posto de gasolina. Fiz isso inúmeras vezes para poder pegar droga.
Sempre comecei a usar depois do uso do álcool e depois de um tempo depois de algumas latas de cerveja o superego se dissolvia e já era meu controle . Ia sempre parar na boca maldita pegar  droga.
Teve uma vez que usei durante a noite inteira. Ainda quando era o paraíso. Usei muito. Acordei e continuei usando. Combinei com um amigo de uma noite sairmos. Minha esposa estava com carro e fui capaz de ir de ônibus pegar droga. Aquele formigueiro de gente atrás de uma pedra de açúcar. Peguei 4 sendo dois para cada um. A noite estava tão mal que disse a ele: passe aqui e pegue para você. Mais ele disse: da um tapa levanta e vamos. Bem : levantei e fui no bar com ele. De repente o maldito pó caiu do bolso. Bati a bermuda e para não perder mandei o que consegui juntar. Não sabia ainda que droga tem limite. Meu corpo começou a formigar. A cabeça formigar. O coração acelerar e o desespero se iniciou. Ainda bem que meu amigo, apesar das drogas, era firmeza. Fui direto para o hospital. Meu medo era o hospital bater a informação para empresa. Garantiram sigilo e estava eu ali achando que iria morrer. O médico disse não sei se irá mais esta no lugar certo. Minha vida foi poupada. 6 litros de soro e muita urina para limpar a maldita cocaína .
Nunca mais vou usar. Mentira. Depois de passado o efeito a mente esquece a dor é lembra só do prazer.

Teve um episódio que eu usei durante a noite. Peguei mais. Passei no médico argumentando outra doença e consegui um atestado. Sai e fui para São Franscisco Xavier. 50 Km daqui. Numa terça feira brava. Usava e dirigia e curtia eu comigo mesmo. cheguei lá meu nariz muito entupido passei em uma farmácia e comprei uma química para desentupir o nariz. Não deu outra. Vamos que vamos. Usando em doses homeopáticas volto a Monteiro 20 km para trás e encontro um colega das antigas. O cara estava com uma adega lá. Finalizamos o pó e pasme voltei na minha cidade para pegar droga e voltei para Monteiro: 80 km dirigindo ( com álcool e droga e sem dormir). Usei até o final da noite. Está noite uma depressão maldita.
Noutro dia não deu outra: liguei para uma pessoa do NA e tive minha primeira reunião.
Lá descobri que estava muito doente. Que sofria de uma doença. Fiquei 2 meses limpo. Mais voltei. Com muita parcimônia. Não usando mais que um pino normalmente na quarta e na sexta. As vezes só na sexta. As vezes só sábado. Mais não mais que duas vezes na semana.
O único requisito para ser membro era o desejo de parar de usar e isso já era claro para mim. Não tinha nenhuma dúvida
Dos 12 passos o primeiro era reconhecer minha adicção( termo que vem do latim que significa escravo de alguma coisa).
Descobri que muitos como eu depois de alguns goles caiam direto na cocaína. Elas formam o cocaetileno( álcool+cocaina). O álcool prolonga o curto efeito da cocaína o que faz um pino ter mais vida é ao mesmo tempo bebia mais porque não chapava tanto por causa do álcool. Mais os efeitos nefastos era bem maior do que o uso não combinado de ambas drogas.
Descobri que o que acontece comigo é bem comum entre os usuários.
O grupo foi bom. Mais quando entra a questão do 2 passo entregar a um poder superior nossas falhas. Que nossa doença é espiritual. Aí a coisa começou ficar obscura para mim. Pensei: como vou ficar aqui se apesar de aceitar a doença não aceito esse papo. Não que não seja bom para aquele que acreditam. Para mim não rola.
Bem me distanciei o que me faz mais suscetível as drogas novamente. Agora com uso mais profissional ( o que pode fazer de profissional nisso) controlando a quantidade para não ter mais overdose.
A maior parte do tempo uso sozinho. Quase sempre. Ela vem preencher a droga que a vida anda. Uma vida repetitiva e chata. Sem emoções e sem por ques significativos.
Mais comecei a desconfiar com minha alma de quem desconfia de tudo que se continuasse assim. Teria mais um grande problema. E vi que parar com o vício, apesar de não usar todos os dias era o mal hábito que já se arrasta por 3 anos.
Mais vi que entrar no inferno é fácil , sair dele nem um pouco.
Procurei meios para minha cura. Fui ao psiquiatra e me receitou topiramato uma droga que promete cortar o craving da droga. Fiquei extremamente esperançoso no início, mai alguns dias depois abalou totalmente meu sistema nervoso. Liguei ao médico e disse que iria cortar. Mente confusa. Loucura. Digo que pior que qualquer coisa que usei.
Acidentalmente dei-me com texto sobre um livro o Fim do meu Vício de um médico francês que bebia de forma pesada e já sem esperança foi cobaia de si mesmo com um medicamento de nome Baclofeno que em altas doses foi capaz de cortar o craving a 270 mg. Nove vezes a doze recomendada na bula. Tendo como contra indicação 30 mg na caixa.
Mais ele leu muito e foi aumentado devagar a dose. Sendo mantido depois sob 140 mg dia. Sendo que a vertigem e o sono com o tempo foi indo embora.
Eu também tornei-me cobaia de mim mesmo no Brasil junto a outras pessoas . Porque aqui  não foi estudada e utilizada porque é um remédio barato que não atende ao interesses das grandes companhias.
Voltei a usar com o medicamento . Mais já não abusava tanto é não tinha a depressão comum nos outros dias. A explicação é o fato do Gaba elemento químico no cérebro cortar o efeito da liberação da dopamina no cérebro. A droga do prazer liberada em quantidade s imensas com uso da cocaína e dando um prazer imenso e no outro dia uma depressão que dá vontade de morrer.
Com aumento das doses para 80 ( 1 mg peso corporal o craving praticamente zerou). Hoje venho tomando 6 mg. Dose suficiente e nos dias críticos aumento 20 mg.
Fiquei 15 dias limpo. Agora estou a 6 dias sem ansiedade para o uso . Apesar de estar passando problemas particulares complicados. Estou em paz e feliz pelo fato de ter esperança de estar vencendo uma luta que começou há um bom tempo.

Parte 2:

Imagina que voltaria usar, não? Mais eu voltei duas vezes por semana. O problema é que além do nariz iniciou um processo de pânico em virtude de aceleração cardíaca. Descobri que a cocaína comprime os vasos sanguíneos é somado ao remédio que tomava para limpar o nariz não deu outra. Depois de muito uso. Uma semana usei na sexta e sábado para ficar acordado.
Na tarde do domingo mesmo limpo veio o inesperado:  pontada no coração , formigamento nos braços e uma dor fortíssima no peito.
Nunca pedi tanto a Deus como o concebo para poupar minha vida. Mais não melhorava. Tentava. Tomei 4 miligramas de eutonis para diminuir o medo é fui eu mesmo com riscos ao hospital.
Joguei a carteira do convênio e relatei tudo sem medo . A mentira só iria piorar. Pressão alta, coração acelerado, medo forte de morrer . Tudo ao mesmo tempo.
Mais uma vez brinquei com a vida e ela foi poupada.
Eletro, exames de sangue é tomografia com contraste do coração. Mais uma vez minha vida foi poupada.
Chorei muito de alegria. Muita emoção por Deus ter tido misericórdia de minha alma.
Só por hoje limpo há 10 dias.

Espero não ter próxima. Pode ser que não tenha.

sábado, 28 de janeiro de 2017

Vou dar um tempo do blog

Bom caro leitores,

Terei que dar um tempo do blog, estou com uns problemas pessoais (que não tem nada a ver com o álcool...rsrs) e não ando muito animada para escrever.

Voltei a beber pouco ou não beber, mas confesso que com o problema deu uma leve vontade de encher a cara para esquecer, mas preferi ficar em casa, tomei uns comprimidos de baclofeno que já me relaxa e evitei locais onde pudesse ter bebida. Em casa as coisas continuam como sempre, mesmo a geladeira estando cheia de cerveja eu não sinto vontade.

Pretendo continuar postando, mas não semanalmente, e sim mensalmente pois faço um resumão se está tudo certo em relação ao álcool, ultimamente não tenho vontade mesmo de escrever.

Boa noite e vamos em frente.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Ano novo, vida nova...

Feliz ano novo caros colegas leitores.

Primeiro post do ano e não é por falta de ter tentado postar antes, a verdade é que desde a semana do natal eu não estou 100% de saúde, primeiro faringite, depois tosse, gripe, essas doenças de inverno que fui pegar no verão. Então apesar de não ter saído de férias quando eu chego em casa só penso em cama e TV. Inclusive na semana do ano novo eu relembrei outro vício que eu tive por anos que foi o bendito descongestionante nasal, na qual acabei utilizando semana passada porém com cautela, já parei de usar e não estou viciada de novo...rsrs

Entre natal e ano novo eu resolvi liberar, comida e bebida, comi tudo o que tinha pra comer, e bebi bastante, porém menos do que eu beberia em outras épocas de festas. Entre o dia 23/12 e 08/01 eu devo ter bebido uns 6 dias entre festas e uma viagem de 2 dias que fiz. Tomei baclofeno esses dias todos, cerca de 4 a 5 por dia.

As considerações: a compulsão não voltou, porém se a gente não barra o corpo vai acostumando de novo a ir bebendo sem parar. Mas eu procurei me controlar. Até cheguei ir para praia com tias e primas e ficar na cerveja sem álcool e não ter vontade, mesmo depois de já ter bebido alguns dias anteriormente.


Neste momento pretendo voltar da onde parei antes do natal, só beber em ocasiões especiais, e não durante churrascos de finais de semana na qual tem todo final de semana.

Bem, como eu falei meu ano não começou 100% porque não estou 100% saudável, porém que ele seja sempre melhor que o anterior.

Até a próxima.