sexta-feira, 9 de novembro de 2018

De volta a vida alcoólica

Olá caros leitores.

Fiquei um tempo sumida pois dei a luz a minha bebê, e quem é mãe sabe o quão corrido é ter um recém nascido em casa. Muito feliz com a nova vida mesmo com a correria.

Depois de meses sem beber fui numa festa com todos os tipos de bebidas e resolvi beber. Não vou negar que foi ótimo. Quando ficamos muito tempo sem beber para quem já ficou sabe que as primeiras bebedeiras são como se realmente você nunca tivesse bebido. Você consegue se controlar, lembra de tudo, não da vexame, enfim, mais uma pessoa comum bebendo socialmente. E esta é uma das armadilhas do álcool ou drogas para quem está em tratamento, pois a pessoa pensa que está curada e que agora vai sempre controlar, só que em poucas bebedeiras voltar tudo de novo a sermos quem era antes de parar de beber. Já sei disto pois nos últimos 4 anos tive muitos episódios de bebedeiras e intervalos sem beber, só era tranquilo quando eu voltava a beber tomando o baclofeno. Mas desta vez não tomei baclofeno porque estou amamentando, e não amamentei nem bebendo nem nas próximas horas pós amamentada até o álcool sair totalmente do corpo e tudo liberado pelo pediatra claro.

Sei que muitos leitores podem pensar que já que fiquei tanto tempo sem beber que sou burra por voltar já que minha fissura está totalmente controlada, e realmente está, mas como relatei algumas vezes aqui para mim é um pouco complicado resolver nunca mais beber pois toda a minha vida social foi baseada no álcool, meu marido gosta de beber, todos os meus amigos bebem, os amigos que não bebiam foram ficando pelo caminho, nos churrascos da minha família tem cerveja, os encontros com amigos tem cerveja, quando vou a um barzinho com o marido ele pede uma cerveja mesmo eu tomando suco, e eu sei que para parar totalmente eu teria que mudar essa vida, coisa que eu ainda não estou disposta a pedir pro marido, eu teria que assumir a condição de alcoolista e ainda correria o risco dele querer continuar na vida social agitada e ainda me proibir de beber já que eu tenho um problema, e alegaria que o problema era comigo e não com ele. São hipóteses claro, mas que ainda não estou disposta a encarar.

Foi relativamente fácil para mim passar a gravidez sem álcool, todo mundo já pensava em mim quando íamos para alguma festa ou churrasco, já pensava nas coisas que eu poderia substituir, cerveja sem álcool (antes de descobrir a diabetes gestacional), H2O que eu gosto bastante, água de coco, entre outras, ainda não estou saindo com frequência mas ainda será fácil no geral enquanto eu estiver amamentando, afinal, só posso beber quando me programar, tirar leite o suficiente para a bebê mamar enquanto o álcool está no corpo, e ela não deixar de estar sendo alimentada exclusivamente com leite materno, então na minha cabeça é fácil beber hoje sem medo de voltar tudo pois sei que será algo esporádico. Mas não sei como será depois que eu parar de amamentar, se eu vou tentar não beber mais, se vou voltar a tomar baclofeno e continuar bebendo e tentando beber social. Mas vou ter que analisar muito pois agora não sou apenas eu, tenho uma pessoinha dependente de mim, preciso pensar além de mim nela também. Mas como pretendo amamentar o quanto ela quiser então acredito que mais uns 2 anos pra frente não terei mais tanto acesso ao álcool como tinha tão frequentemente antes. Essa semana mesmo eu quis ir pra um barzinho com o marido e fiquei bem satisfeita com a cerveja sem álcool e petiscos, não posso reclamar pois na gravidez tive diabetes e não podia nem qualquer petisco e nem cerveja sem álcool que é carboidrato puro e vira açúcar no sangue.

A luta continuar. Até a próxima.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Baclofeno faz bem a saúde?

Uma coisa que não consigo entender em alguns colegas leitores é sobre ter medo de tomar baclofeno. Sim, recebo muitos emails de questionamentos sobre como funciona o baclofeno e as pessoas querendo um milagre, por exemplo tomar 3 comprimidos por dia e achar que isto vai resolver o problema do alcoolismo que os acompanham há anos, as vezes a 20, 30 anos. E ainda muitos que, pasmem, tem medo de tomar baclofeno pois pode fazer mal ao organismo. Ou seja, tomar bebida alcoólica todos os dias em grande quantidade tudo bem, mas baclofeno "noooossa" ai é demais para meu organismo.

É algo que realmente não entra na minha cabeça, o baclofeno é um medicamente que foi feito para ser tomado TODOS os dias, diferente do álcool que a medicina diz que se tomada socialmente uma vez a cada 15 dias ou uma vez por mês não faz mal a saúde, ou seja, uma vez a cada 15 dias e que não chegue a se embebedar, e que alcoolista bebe sem se embebedar? O baclofeno foi feito para ser tomado todos os dias, só não foi feito para ser tomado em grandes quantidades como o tratamento para alcoolismo exige. Esse monte de matérias dizendo que beber uma ou duas latas de cerveja pode gerar benefícios ao organismos há controvérsias, realmente o álcool pode gerar algum benefício social e talvez alguns físicos em alguns aspectos, mas em outros aspectos não faz bem a saúde visto que não é algo natural nem em pouca quantidade. Ai o pessoal manda email dizendo que tem medo de tomar baclofeno mas não tem medo de beber frequentemente. 💁

Claro que cada um sabe sobre si e sobre sua vida, mas já que pedem a minha opinião o que eu acho é que muitas pessoas querem se enganar, enganar Deus caso acreditem, ou sei lá, só não querem parar de beber, e tudo bem porque o álcool não é só um problema físico, vai muito mais além e não sou especialista para super entender desses detalhes.

É lógico que tomar baclofeno em grandes quantidade todos os dias não é algo natural e não é algo que vai fazer bem ao organismo, nenhum medicamento faz bem a saúde, mas os médicos são unânimes em dizer que um medicamento só pode ser usado se o benefício que ele trouxer supere os malefícios, então até para tomar um comprimido de dor de cabeça você tem que analisar se o benefício vai superar os prováveis malefícios. Fazer quimioterapia é bom? Faz bem a saúde? Claro que não, porém se a pessoa que precisa não fizer pode ser pior e ela pode ir a óbito, então o que é o menos pior? Então funciona da mesma forma com o baclofeno, se sua fissura abaixar e você conseguir controlar o seu vício e de preferência parar de beber então o benefício com certeza vai ter superado o malefício.

Então fica ai para ser analisado e o que realmente querem para a vida o álcool ou o baclofeno. Eu mesma preferiria mil vezes tomar baclofeno todos os dias para sempre se isto me garantisse que eu nunca mais pensaria em álcool nem sentiria falta do álcool, mas sabemos que nada é tão milagroso assim.

Hoje foi mais um desabafo...rsrs.... seguimos firme. Boa sorte a todos.






quarta-feira, 5 de setembro de 2018

9 meses sem álcool

Olá caros leitores,

Hoje eu só vim rapidinho dizer que estou há exatos 9 meses sem 1 gota de álcool na boca. Nem um golinho, porque mesmo grávida sempre tem aquelas pessoas dizendo: um gole não faz mal, tem que tomar cerveja malte para ajudar no aleitamento, e bla bla bla... algumas vezes pensei em dar um gole? Sim, mas depois pensei: pra que? Qual o objetivo de colocar alguns goles para dentro? E passei intacta.

A fissura totalmente controlada, só mais uma vez agradecendo ao baclofeno.

Boa sorte a todos.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Percalços do dia a dia do ex alcoólatra

Como falei nos últimos posts, eu estou gravidinha. Mas em alguns posts anteriores eu já tinha falado também que sempre que suspendia o álcool a vontade de comer doces que era praticamente zero voltou a aflorar (eu comia muitos doces antes de iniciar a vida no álcool).

Então só o fato de parar de beber o paladar para doces aparecia, depois da gravidez posso dizer que aumentou uns 200% a vontade de sempre comer doce, acredito que seja alinhado ao fato de não beber com os hormônios da gravidez que faz o paladar mudar e ele foi totalmente para o lado doce da vida. Ótimo né, porque eu não tinha bebida alcoólica mas os doces me davam algum prazer, porque a vida de grávida confesso não tem tantas emoções, eu costumava quando não estava bebendo álcool a beber energético nas festas por exemplo, e cafeína na gravidez é proibido, então eu já tinha cortado. O cafezinho para encarar o dia também eu já tinha cortado. Então além do álcool e de uma vida mais calma por conta da gravidez eu já tive que cortar outros prazeres alimentícios, masssss, como todo castigo para viciado é pouco, agora fui diagnosticada com diabetes gestacional 😭.

Confesso, foi um baque, orientaram eu cortar além dos doces os carboidratos simples como pizza, pão, massas, e massa branca em geral, até frutas tenho que consumir com cautela. Se não fosse a gravidez eu procuraria me divertir com outras coisas, nunca fui compulsiva pela comida, sempre fui relativamente magra porque sempre procurei ter uma dieta equilibrada (menos quando o assunto era álcool), mas cortar praticamente meu único prazer está sendo bem complicado, mas enfim, vamos seguir e pensar no meu bem maior.

Como falei acima, gravidez não é um mar de rosas, aliás, está longe disto, é tanta romantização acerca da gravidez e quando descobrimos que não é nada disto é complicado, eu praticamente não posso fazer nada, até pensei em fazer natação, mas eu que sou de São Paulo neste inverno e sei que quando o frio bate é pra valer nem tive coragem de começar porque sabia que no frio eu não iria, então não sobra outros prazeres, nada de esforço físico, nada de guloseimas, coisas radicais nem pensar, na verdade conforme o peso vai aumentando nem a gente mesmo consegue.

Pode ter um lado positivo ter todo este esforço porque depois o que eu tiver que fazer será mais tranquilo, o pior já terá passado, ou não.

Vida que segue. #ZeroÁlcool #ZeroDoces 😁

terça-feira, 17 de julho de 2018

Como o vício tenta nos enganar

É engraçado como a gente tenta se enganar, tenta se enganar que não estamos tão mal, que ainda não somos aquelas pessoas que ficam caídas nas esquinas de tão bêbadas. E realmente pode ser que ainda não chegamos tão baixo, porém sabemos que o caminho é este e que é só uma questão de tempo.

Mesmo com todo mundo falando que eu exagerava, mesmo vendo que eu tinha brigas horríveis com o marido toda vez que tinha álcool no meio, mesmo fazendo questão de beber sempre que possível, bebendo para comemorar, bebendo porque estava triste, e algumas vezes bebia até em horário de serviço e fazia piada com isto, como por exemplo colocar cerveja num copo de refrigerante do mc donalds e ficar tomando de canudinho, bebia no carro para ir para algum local, e eu realmente achava que não tinha um problema, que era só eu não querer que eu não bebia mais, porém não existia esse não querer, eu sempre queria, independente da situação.

Nenhum programa me interessava mais do que um que tivesse álcool, nem casa da mãe, nem casa da vó, nem um parque para tomar um sol, eu até ia mas não era tão legal, agora ir pra uma festa de amigos com bebida já dava aquela ansiedade de alegria.

Mesmo quando eu ainda estava bem controlada, na qual só bebia uma vez por semana ou no máximo duas e não bebia nunca de semana eu já ficava ansiosa pelo final de semana achando que era pela bagunça, era também, mas pela bagunça com bebida alcoólica, porque eu duvido que se tivesse a bagunça sem bebida se eu ficaria tão empolgada.

Até quando comecei a escrever este blog eu relativizava o meu vício, dizia que eu não era tão descontrolada, mas eu era sim... em 2014 eu ainda não bebia tanto de semana e não fazia tanta questão de ter bebida de semana, mas 2 anos depois em 2016 na qual comecei a beber de semana, foram 2 anos na qual eu passei de beber muito para ser totalmente descontrolada, de achar que tinha que beber sempre que tivesse oportunidade, de ter bebida alcoólica em casa e beber assistindo televisão sozinha, e isto não era uma vez ou outra, já estava virando rotina. Uma pessoa normal não vai sair de casa sozinha, comprar cerveja e trazer para casa para beber sozinha, até quando estou com fome hoje eu tenho preguiça de sair para comprar algo para comer e prefiro pagar via aplicativos para alguém entregar para mim e eu não tinha essa preguiça quando era bebida alcoólica, ou até tinha mas ia mesmo assim.

Então a gente tem que parar de se enganar e assumir para gente mesmo que temos um problema sim e que ele é grave, e que precisamos tomar uma atitude de mudar para que nossa vida volte aos eixos e que a gente volte a ser donos de nós mesmos. E eu sou do tipo que só assumi para mim, nunca falei para ninguém da minha família que eu tenho um problema, nem marido, apesar de que claro, alguns já desconfiaram, mesmo sem falarem nada para mim.

Foi só um desabafo sobre como o subconsciente tenta enganar o nosso consciente, mas começa ai a nossa mudança, assumindo para gente mesmo que temos um problema e que precisamos combater.

sexta-feira, 6 de julho de 2018

6 meses sem álcool

Mais um mês sem álcool.

Posso dizer que agora mais do que nunca as coisas estão bem fáceis, de qualquer forma não posso beber e tenho um motivo maior para isto, confesso que vira e mexe tomo a minha cervejinha sem álcool, mais para evitar ficar bebendo refrigerante cheio de açúcar, ainda existe um pouco da mania de ter algo na mão quando estamos de galera.

Vira e mexe me pego lembrando das ressacas morais e quantas vezes cheguei em casa sem nem lembrar como, a sobriedade é uma dádiva por um lado e por outro um pouco ruim pois não me divirto tanto como os outros. Os programas são quase sempre iguais no quesito emoção, é engraçado o marido chegando em casa e falando: nossa, ontem foi muuuito divertido você não acha? E eu falo: para mim foi a mesma coisa que todos os últimos finais de semana, foi legal, mas nada fora do normal, e eu estou saindo sim mas já aviso que antes das 22:00hs já quero estar em casa, e agora com a gravidez sou muito mais respeitada pelo marido quanto a fazer os meus horários e pelos outros que não ficam tentando enfiar bebida em mim.

Acho que é a primeira vez que fico tanto tempo sem beber desde que iniciei a vida alcoólica há 13 ou 14 anos atrás, 6 meses sem nenhuma gota de álcool. Eu fico dias sem nem lembrar que álcool existe, que engraçado como funciona o vício, a cabeça trabalha o tempo todo lembrando daquilo e nada nos faz esquecer, esta sensação de poder se dominar é muito boa, as vezes me pergunto se bebedores de álcool que não tem o vício se sentem os mesmos prazeres que o viciado e porque alguns não viciam e alguns viciam.

Hoje é jogo do Brasil e vamos a mais um churrasco, muita cerveja e outras bebidas e galera exagerando no álcool, porém a maioria deles sabem quando parar, coisa que meu organismo não sabia.

Sorte para todos nós. Vai Brasil. 💚💛💚




terça-feira, 29 de maio de 2018

Sem bebida alcoólica por tempo indeterminado

Bem caros leitores,

Por enquanto ficarei um bom tempo sem poder beber álcool porque enfim consegui o que era da minha vontade que era engravidar. Se antes eu já tinha uma motivação para não beber, agora mais do que nunca, nem se eu quisesse poderia beber no mínimo em 9 meses de gestação e mais 6 de amamentação.

Me sinto muito feliz em poder curtir a gestação sem a ansiedade de que acabe logo a gestação porque gostaria de beber. E mais uma vez digo que consegui isto graças ao baclofeno.

Confesso que mesmo depois de grávida, num momento de estresse e até pelos hormônios eu fiquei com vontade de beber, como os médicos dizem que podemos tomar até 1 copo de cerveja eu até pensei muito em comprar 1 lata, mas depois voltei atrás e desisti, porque já sei como funcionam as coisas, ainda mais sem poder tomar baclofeno provavelmente o meu organismo ia acabar pedindo mais. Na verdade eu lembrei de como era fácil se sentir bem bebendo depois de algum estresse, por isso que a bebida chama tanto. Mas resolvi como nos últimos 5 meses e me acalmei como todo mundo normal, respirando e evitando pensar no problema daquela situação.

Então estou quase chegando em 5 meses sem ingerir nenhum tipo de bebida alcoólica.

A vida social claro que já diminuiu muito por conta das limitações da gravidez, sintomas, cansaço, etc e tal, porém não tenho do que reclamar.

Talvez eu demore mais ainda para postar porque não terei muitas novidades. Será a primeira vez em uns 14 anos que ficarei quase 2 anos sem beber, será que quando eu puder eu vou ter vontade ou não? Fica aqui a curiosidade do que me aguarda pro futuro em todos os sentidos.

Até a próxima.


segunda-feira, 7 de maio de 2018

4 meses sem álcool

E dia 04/05 completei 4 meses totalmente sem álcool, meu recorde. Em 2016 eu fiquei durante 3 meses sem álcool nenhum e mais uns 4 meses bebendo beeemmm controlado, porém com muito baclofeno, pois só com baclofeno para conseguir beber controlado.

Eu tenho até saído, este final de semana mesmo fui pro bar com amigos no sábado e ontem domingo sai com o marido na qual ele bebeu e eu fiquei na coca-cola, o que foi bem tranquilo. No sábado fui pra casa cedo, cerca de 23:00hs, enquanto a galera me disse que foi embora no meio da madruga. Então faz parte da vida não conseguir mais acompanhar até o final.

Tirando isto sem muitas novidades. Já me acostumei mesmo com a vida de não beber e não é um grande sacrifício, principalmente no dia a dia, aliás, no dia a dia é muito melhor a vida pra quem não bebe, sem ressaca, sem falta de concentração que o álcool causa, sem cansaço, sem problemas relacionados ao sono, enfim, realmente só coisas boas, de final de semana que acaba sendo mais penoso, mas está valendo a pena.

Até a próxima colegas.

terça-feira, 24 de abril de 2018

Diversão Sem Álcool

Olá caros leitores,

Ainda não completou 4 meses sem álcool porém resolvi falar que este final de semana tive um casamento de uma amiga e digo que eu me diverti quase tanto quanto se estivesse bebendo, quase... rsrs. A galera que estávamos foi a última a sair da festa e eu estava lá dançando até enquanto o DJ estava tocando música. Claro que a amiga praticamente de infância pediu para tocar nossas músicas das boas épocas, então acredito que foi isto deu uma mega injeção de animo, mas fazia tempo que eu não me divertia assim sem álcool, então eu gostei, bem que podia ser assim sempre e sem álcool.

Eu não cheguei a dizer aqui mas eu voltei a estudar, e estou me dedicando muito, mais uma vez a falta de álcool me deixa muito disposta a tudo que não seja bagunça claro. Estudar, trabalhar, visitas a casa da mãe, da vó, da sogra, e todos esses pequenos detalhes, mas a satisfação maior é sempre estar em casa. 

Não vou dizer que no geral a satisfação pessoal é melhor sem álcool que é mentira, por um lado sim, é, que é se sentir bem consigo mesmo pois nunca mais acordei com ressaca moral, mas do lado de aguardar um final de semana, a ansiedade boa de querer ir pra uma festa, isto eu não tenho mais, mas na vida não podemos ter tudo.

Por enquanto é isto.

Até a próxima.


quinta-feira, 5 de abril de 2018

3 Meses sem ingerir álcool

Hoje comemorando 3 meses sem ingerir uma gota de álcool.

Sem muitas novidades, vida calma. O que eu posso dizer que vi de diferença entre o segundo e o terceiro mês sem álcool é a pro atividade que temos em relação a tudo, a trabalho, a ajudar outras pessoas, coisa que quando estamos bebendo não temos muito e simplesmente porque o nosso tempo livre preferimos estar bebendo e interagindo com colegas de copo do que olhando os artesanatos que sua avó faz por exemplo, ou jantando com a mãe em pleno sábado a noite sabendo que depois você vai para casa dormir, então sem pressa de ir embora, ou se ir é só porque realmente está cansado.

No mais continuo firme e forte no projeto sem beber. As vezes dou umas saídas com o marido mas já aviso que quero voltar logo, saídas a noite praticamente não existem mais.

Estou em tratamento novamente e de qualquer forma não poderia beber.

Então sucesso a todos e até a próxima.







sexta-feira, 16 de março de 2018

Motivação para parar de beber é essencial

Analisando os quase 2 últimos anos que o baclofeno entrou de vez em minha vida eu pude analisar uma coisa, para um alcoolista parar de beber ele precisa de uma motivação além do que o fato de se manter sóbrio. Com o baclofeno muito dos problemas que eu enfrentava antes já não incomodava tanto, mesmo bebendo, como beber até perder a linha, beber e causar, pegar uma lata atrás da outra como se não houvesse amanhã e principalmente a ressaca moral, estes problemas já não eram tão frequentes como antes do baclofeno, claro que tinha outros problemas, como a mistura de baclofeno e álcool dar muito sono, que era algo que eu até gostava pois assim bebia menos, porém se eu estava num bar por exemplo era muito ruim, geralmente ia pro carro dormir e na hora de sair do carro e ir pra cama era uma coisa complicada, mas diante dos problemas do álcool, dormir em qualquer lugar era fichinha.

Não tendo tantos problemas que o álcool causava, e não bebendo mais a quantidade que eu bebia antes e realmente só bebendo em festas, e não mais em casa, no carro e muitas vezes sozinha para esquecer problemas que o próprio álcool trazia, então qual o motivo de parar de beber se a vida está nos eixos? Como uma pessoa que não tem problema com álcool a resposta é simples, porque o álcool não faz bem e pronto, mas para o alcoolista as coisas já não são assim tão simples.

 Quando a gente entende que existe um problema com vício é porque já estamos há muitos anos na vida de álcool e bem provavelmente ele já começou a nos causar problemas, as vezes metade, 1/3 das nossas vidas foi baseada no álcool, a vida emocionante, a vida de muitos amigos, a vida cheia de coisas novas a cada semana, e nem estou contando o vicio mesmo, o alívio que é tomar uma cerveja no fim do dia estressante e a recompensa que o corpo nos dá com isto, então quando a gente corta o álcool não estamos apenas cortando o vício estamos cortando uma vida toda, por isso é tão difícil largar um vício seja ele qual for, por todo o contexto e a vida que aquele vício nos envolve.

Dito tudo isto o que eu realmente quero dizer é que precisamos muito de uma motivação para parar de beber e que este processo seja mais fácil. O meu eu já falei aqui algumas vezes e digo que foi muito mais fácil com esta motivação, além do baclofeno, que fez eu pegar mais leve no álcool e que faz eu conseguir tranquilamente ficar temporadas sem álcool, no meu caso a minha motivação é a maternidade.

Cada alcoolista tem que buscar a sua motivação, é ela que vai andar lado a lado nesta luta que vai durar a sua vida toda que é a adicção em álcool.

Até a próxima caros leitores.

segunda-feira, 5 de março de 2018

Novamente 2 Meses sem álcool

Olá caros leitores,

E hoje mais uma vez completando 2 meses sem álcool e nada a reclamar tirando a falta de emoção na vida, como sempre falei aqui que a vida sem álcool é muito tranquila e nada emocionante.

Este final de semana tive um nervoso interno muito grande com um amigo, tivemos um churrasco com amigos e familiares, bastante gente, violão, pagode e sertanejo e todos cantando, eu claro sempre lá no meio me interagindo, como já estava há muito tempo cantando e conversando com a galera acabei cansando, óbvio, sem álcool, e fui para sala ver TV enquanto o povo continuou lá fora. Na hora de ir embora um amigo mais louco que o batman ficou dizendo que eu não aguentava nada, que eu estava velha e bla bla bla, eu quis tentar combinar com ele que na próxima ninguém bebia e veríamos quem aguentava mais, e ele disse que a opção de não beber é minha. É realmente muito difícil pra quem quer parar de beber continuar querendo vida social, neste caso eu estaria lá de qualquer jeito porque não era só galera era família também, mas por ai já da para perceber como a vida social roda em volta de bebida alcoólica a ponto de até tirarem um barato de você só porque você quer ser normal.

Não tenho sentido falta de álcool, com o tempo ele simplesmente para de fazer parte da vida e dos pensamentos, na qual já era pouco, e agora é menos ainda.

Até a próxima.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Tchau Carnaval

Olá querido leitores,

Estou sem postar há alguns dias primeiro pelo carnaval, segundo por excesso de serviço, e terceiro sem muitas novidades.

Sem beber, mas também estou saindo pouco e fazendo programas bem light, como já tem mais de 1 mês e meio que não bebo a bebida começa a fazer parte do passado e você começa a esquecer da existência dela, é muito engraçado.

Ainda não sei para quanto tempo é esta abstinência, mas por enquanto pretendo ficar assim, está sendo bom e tranquilo.

Acredito que o pior já passou, já até acabou o horário de verão. No carnaval fui pra um bloquinho com marido e amigos e claro, fiquei por umas duas ou três horas e já quis ir embora, alguns amigos insistindo para eu tomar só uma lata....rsrs..

É isto, talvez eu demore um pouco para voltar e postar pela falta de novidades mesmo, mas vou dizendo como estou me sentindo fisicamente e psicologicamente com a vida sem álcool.

Até a próxima.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Novo primeiro mês sem álcool

E mais uma vez estou há exato 1 mês sem beber.

Estou bem tranquila, como não estou saindo para festas não posso dizer que estou tendo alguma dificuldade ou que estou super me esforçando que não estou.

Estava analisando uma coisa este final de semana, o fato de não ter álcool na vida nos deixam mais pro ativos no quesito ajudar os outros. Quando havia aquela ansiedade de que final de semana era sinônimo de festa e álcool era só nisto que pensava e fazia todo o ajuste da vida para isso. Não que se alguém pedisse ajuda eu não ajudaria, mas seria de uma forma que não iria atrapalhar a bebedeira da tarde pra noite. Este final de semana eu me ofereci para ajudar uma amiga numa tarefa, sem pressa, fui até ela, fiz o que precisava e depois voltei para casa para curtir meu sofá e televisão, se estivesse bebendo eu provavelmente não teria oferecido ajuda, não da forma entusiasmada e sem pensar no depois. Mas isto antes do baclofeno na minha vida, de 2016 para cá já não existia essa ansiedade toda.

Eu já estou quase esquecendo como eu me sentia antes do baclofeno, a ansiedade pelo final de semana, a ansiedade na sexta pelo fim do dia, sair do serviço passar na loja de conveniência do posto de gasolina e já pegar a primeira ou as duas primeiras latas da sexta e depois se jogar na farra sexta, sábado e domingo, impreterivelmente.

Boa semana a todos.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Novos prazeres da vida sem ácool

Analisando mais um final de semana sem álcool volto a ver que a gente começa a ter prazeres em outras coisas e muito menos coisas irritam a gente.

Este final de semana tive que acudir uma amiga que foi hospitalizada e em momento algum senti incomodo de passar várias horas com ela por lá, mesmo sendo uma sexta-feira a noite, afinal não tinha nada programado e nem aquela vontade de sair pra "iniciar" o final de semana com bebida e bagunça.

Também aproveitei pra descansar de verdade, já que quando estou bebendo os finais de semana serve muito mais para cansar do que descansar, e ao ser chamada pela mãe para ajudar em outra questão familiar também não me incomodou, com certeza eu ajudaria mas com aquela sensação se estar perdendo um tempo que eu poderia estar com amigos e marido bebendo.

O meu sono voltou a normalidade, desligo a TV, espero alguns minutos e já estou em outra galáxia. O peso também está abaixando bem aos poucos, visto que não estou de regime como da última vez, então eu estou comendo a quantidade que quero, mas mesmo assim o peso vai abaixando, afinal o álcool é um veneno para o peso.

Acho que mais 1 mês e meio ou 2 meses meu corpo e organismo já estará o que é meu mesmo, com zero de toxidade que o álcool dá.

Abraços.






segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Tranquilidade por aqui

Esta semana eu nem tenho muito o que contar, fiquei bem tranquila e não sai, diferente do que aconteceu nas semanas passadas.

Fui convidada por amigos para ir para o litoral mas definitivamente ainda não estou na pegada de passar um final de semana inteiro sem TV, sem uma cama boa pra dormir, e só ver o pessoal enchendo a cara e eu de boa.... mais pra frente vai dar mas ainda não.

Eu não deixei claro nas minhas duas últimas postagens, mas eu NÃO estou tomando o baclofeno, eu queria ficar sem nenhum tipo de droga no organismo, as duas primeiras semanas eu tive problema no sono, pois enquanto eu estava bebendo eu estava tomando o baclofeno, então parar o baclofeno da uma mexida inicial no meu sono, mas vai voltando aos poucos e já voltou a normalidade, aliás, quando não bebo e não tomo baclofeno o sono tende a ser de anjo.

Boa semana a todos.



segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Prova de Fogo

Foi só eu decidir parar de beber que veio uma onda de festas pelo meu caminho.

Quinta, sexta, sábado, domingo e hoje segunda tenho reunião com amigas no bar após expediente, e  compareci em todos, fiquei na cerveja sem álcool e consegui me divertir a maior parte do tempo.

Sexta cheguei em casa as 02:30hs, já tinha combinado com o marido que íamos cada um no seu carro porque eu iria voltar cedo por não estar bebendo, para a minha surpresa acabamos voltando juntos, ele havia bebido bem, e eu super tranquila, acordei cedo e com sono porém zero ressaca e o marido reclamando da ressaca, então novamente veio o sentimento de orgulho, é uma coisa muito boa não ter ressaca.

Essas épocas entre dezembro e carnaval posso dizer que são as piores para quem quer parar de beber e tem uma vida social agitada, é muita festa, muitos encontros de amigos, famílias, todo mundo quer comemorar o aniversário porque está calor, mas é nesta hora que a gente faz a prova de fogo.

Eu falei no post anterior que percebi que a minha fissura estava voltando, porém mais no sentido de não ter controle quando começa a beber, eu não senti uma mega necessidade de beber, só não tinha tanta empolgação quanto a galera e consegui me divertir mais do que eu achei que iria, então até aqui tudo certo e o baclofeno cumprindo o prometido.

Hoje mais um encontrinho a noite e já estou preparada para a deliciosa Brahma Zero. 



quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Retorno a abstinência

Feliz ano novo caros leitores,

Espero que seja mais um ano de muitas alegrias para todos.

Bem colegas, eu dei um tempo do blog simplesmente porque eu não estava seguindo com o objetivo de me manter sem beber, e foi por algo que eu mesma decidi. Decidi que queria acompanhar o marido, os amigos, as festinhas até altas horas da madrugada que só o álcool pode nos proporcionar.

Como falei aqui nos últimos meses que postei a minha fissura estava bem controlada, quando eu parava de beber eu parava o baclofeno e quando eu resolvia voltar a beber eu logo iniciava o baclofeno, mas em doses baixas entre 2 e 5 comprimidos diários, e isto me ajudava muito em não ter esquecimentos alcoólicos e principalmente não perder o controle sobre mim mesma, até ai maravilha, como sempre digo o baclofeno foi um divisor de águas. Porém eu já estava bebendo tanto quanto eu bebia antigamente, no sentido de pegar uma lata atrás da outra. Continuo não bebendo de semana (com exceção das festas de dezembro), continuo só bebendo em festas e não em casa como acontecia antes, mas o fato de beber muito sabendo que há 1 ano atrás eu estava super controlada, isto me incomoda demais, e ando lendo muito sobre os malefícios do álcool, está dando aquele nó na cabeça.

Ou seja, de uma forma lenta eu estou voltando a ter fissura, ainda que leve, mas acaba a cerveja imediatamente eu já vou até a geladeira para buscar mais, não é algo que eu esqueço mais como esquecia e só ia beber muito tempo depois quando eu lembrava por acaso. Acho que o fato de ter sido "fácil" ter parado com a fissura fez com que eu não me esforçasse para não voltar mais a beber.

E estou querendo mesmo cancelar o álcool da minha vida, beber socialmente e controladamente é algo muito difícil para nós, o álcool tira nosso controle, então estou chegando a conclusão que a única saída é não beber mais. Sobre beber socialmente eu precisaria ter o baclofeno sempre na minha vida, será que vale a pena? Eu acredito que de sim para viver uma vida feliz sem álcool, só não será tão emocionante.

Inicialmente o que me fez incomodar sobre o álcool era beber e perder o controle no sentido de brigar com o marido, hoje isto praticamente não acontece, ano passado todo aconteceu uma vez (antes do baclofeno era na média de uma a duas vezes por mês), hoje o que está me incomodando é sentido saúde mesmo, já tenho 35 anos, quando bebo, ainda mais tomando baclofeno o outro dia nunca é 100%, sempre fico cansada e sem ânimo, e o ânimo só volta caso tenha bebida novamente.

Tenho conhecidos que dizem que nunca vão parar de beber porque mesmo que o álcool diminua a vida eles preferem assim do que não beber e viver mais, eu já pensei assim quando era mais jovem, mas hoje não penso mais, o que eu quero é além de não ter fissura também ter prazer em fazer programas que não envolvam álcool, ou mesmo que outras pessoas estejam bebendo, que eu me divirta sem no meu limite e quando cansar ok, tchau e cama.

Então por enquanto pretendo voltar a abstinência, e ir vendo como será daqui pra frente, ver o que realmente vale a pena. Afinal nunca serei uma pessoa normal que bebe um pouco e aproveita, serei sempre uma adicta.

Até mais e pretendo escrever mais para contar a evolução (ou não...rsrs) da nova vida.